Em uma localidade longínqua até para os Planeswalkers mais experientes, numa dimensão inóspita de uma imensidão sem fim, tudo parecia esmorecido. As árvores eram pedregulhos sinistros e o chão negro não tinha vida. A paisagem era quase desértica, na exceção de uma construção titânica situada no meio do nada. Tratava-se de um enorme castelo, com alas que se estendiam até os céus por milhares de metros. Este alcácer era protegido por uma redoma de energia carmesim, que o isolava completamente do meio exterior, tornando-o um mausoléu.

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O som abafado de algo batendo-se contra a atmosfera repercutia em estrondos, pertencentes a uma criatura colossal. Um enorme Dragão Infernal voava ao redor da redoma em um círculo avantajado, bafejando aragens vulcânicas. Medindo cerca de quinhentos metros de altura, — sendo que de sua cabeça até a ponta de sua cauda, a besta tinha oitocentos metros de comprimento — a besta vigiava o Castelo do Feiticeiro de En-Dor. Ele era o seu guardião, sendo que a redoma carmesim que cercava a estrutura era proveniente de sua aura.

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Enuma, o Destruidor, era o responsável por um feitiço de envelopamento, cuja função era isolar um determinado perímetro dentro de uma cúpula. Para acabar com o Feitiço, seria necessário derrotar o Dragão, mas esta não seria uma tarefa fácil. A Deusa da Escuridão incumbiu seu principal Servo do Caos para lutar até a morte. Uma vez que a deificação começasse, nada poderia detê-la. Isolada, sob a pele do Feiticeiro de En-Dor, Tehom brincava com as lembranças de seu mais novo receptáculo, mantendo-o sob um estado de transe.

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Havia resquícios da alma de Voyd que resistiam em se dissolver, prolongando o ritual de possessão. Sobretudo, os Arautos e Monarcas do Universo Millennium já tinham conhecimento do que estava acontecendo, e haviam mobilizado uma caçada. Graças a soberba do Feiticeiro, que acreditava ser capaz de conter Tehom dentro de si, o Universo corria um perigo eminente. Depois de ele ter sacrificado 30% de sua alma para suprimir os poderes da Deusa, a perda de sua personalidade teve uma rápida progressão, a ponto de a Escuridão assumir o controle de seu ser.

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Dentro de um sonho lúcido, Voyd caminhava em um vasto campo de rosas vermelhas ao lado de uma mulher. Sua fisionomia era infantil, aparentando dez anos de idade. Longas madeixas de cabelo que transcorriam sua face pendiam de seu corpo esguio. Tehom, por outro lado, era alta, de ombros retos e corpo bem proporcionado. A Deusa tinha uma silhueta de ampulheta, e as curvas cheias de seus quadris eram perfeitamente compensadas por longas pernas bem torneadas, realçadas por uma túnica de seda que contornava sua pele era negra como a noite.

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“Venha minha criança... O mundo é deveras cômico, mas a piada está na raça humana. Você viveu em uma plácida ilha de ignorância em meio a mares negros de infinitude, mas essa tortura não precisa ir tão longe. Quanto mais você se afastar dessa verdade irrisória, mais exuberantes se tornarão os sonhos.”