Regras de Bom Senso | Mundo Millennium

REGRAS DE BOM SENSO

Devido as incontáveis habilidades irregulares ou que necessitam de restrição para que se enquadre em um padrão aceitável, segue as normas de Bom Senso.

O que é o bom senso? É a individual noção de que um fato se encontra em equidade com o que deve ser, ou seja, algo razoável, justo e equiparável. O Bom Senso foi criado para que os players não penem em abusar de poderes e conceitos exagerados ou infundados, visando um extravasamento ilícito de seu personagem. Outrossim, o Bom Senso atuará como um limitador de conceitos, revisitando uma real noção de como as coisas devem se comportar.

A regra de bom senso se subdivide em conceitos ordinários e extraordinários, seguindo:

CARÁTER ORDINÁRIO: GENERALIDADES

1.1 - Criação de habilidade: É permitido criar habilidades, desde que sejam sensatas e tenham limites coerentes para o seu personagem.

Se por ventura suas habilidades, ou até mesmo enredos, fugirem destas lógicas, elas serão evidentemente negadas. Todas as fichas devem seguir um padrão linear de como devem ser. A exemplo temos: "não posso citar que sou um anjo querubim utilizando técnicas envolvendo artes demoníacas, artes de sangue ou bruxarias, pois isso é incoerente ao meu personagem, se eu usar, logo serei passível de um julgamento de sacrilégio e me tornar um anjo decaído."

Então sigam um padrão lógico e contextualizado de criação, evidenciando como as coisas devem ser no óbvio e como devem ser feitas, bem como criando e evoluindo exponencialmente seu personagem a um ápice ainda mais interessante.

CARÁTER EXTRAORDINÁRIO: ESPECIFICIDADES

IMUTABILIDADE: A CAPACIDADE DE SER IMUTÁVEL POR FORÇAS EXTERIORES

Adendo: a mudança é fruto do caos, que corrobora que um evento desencadeia diversas consequências inéditas. Um evento pode desencadear alterações drásticas, profundas e imprevisíveis ao longo do tempo. Seguindo a tratativa do próprio Universo, tudo é mutável e sucinto ao caos adverso, e nenhuma existência não transcendente ou não primordial consegue sobrepor este fato.

Norma: logo, nenhum player, logrando de um personagem senciente na Millenium, é maior que o caos deste universo. Seguindo os padrões do Bom Senso, a Imutabilidade será encarada como forma de neutralização, gerida por tal regra e seus intervalos. Do contrário, o player pode descrever uma “resistência à mutabilidade”, assim sendo, podendo perder um braço ou partes de seu corpo e/ou partes de seu espírito, por exemplo, ao toque do poder adversário com a finalidade de destruir e/ou alterar o seu ser.

EXISTÊNCIA ÚNICA: A CAPACIDADE DE SER ÚNICO NO MULTIVERSO

Adendo: o Multiverso é dotado de segredos e poderes metafísicos que sobrepõe os limites de uma existência, não há engrenagens ou competências inerentes a uma existência ser única como se houvesse uma transcendência individual em sua própria jurisdição.

Norma: tal conceito será negado, pois nada impede de algum personagem em caráter específico e justificado de tentar imitar o seu personagem. No entanto, quaisquer criações nunca serão exatamente iguais ao original, assim terá seus efeitos reduzidos, independente de nível, poder ou conjuntura. Clones aparentes, contudo, serão redigidos pela Regra de Simulacro, que permite porcentagens específicas de poder comparado ao original. Vale ressaltar que, salvo em eventos ou casos autorizados pela staff, esta norma pode ser reconsiderada.

ANCORAGEM DE PODER: A CAPACIDADE DE NÃO SER SILENCIADO, NULIFICADO OU “NERFADO” POR TERCEIROS

Adendo: estar preso a conceitos de ancoragem torna obrigatório uma justificativa sucinta e objetiva para tal capacidade. Todavia, estar outorgando uma ancoragem de poder, é estar afirmando que poderes específicos do seu adversário não possui nenhuma eficiência em sua existência.

Norma: logo, enquadra-se nos padrões do Bom Senso de que a Ancoragem de Poder não passa de uma neutralização, que versa que sua existência consegue nulificar uma competência adversária apenas por ele "existir". Este tipo de habilidade será redigida pela Regra de Neutralização ou de Anulação, tendo esta diferenciação a depender de como for utilizada.

Ressalto que, em caso da existência de uma certa "maestria de batalha", o player ao sofrer por efeitos de absorção de energia, tal efeito deverá ser narrado parcialmente pelo seu adversário, podendo o player destacar uma certa resistência, mas não uma imunidade completa, assim sujeitando ambos os jogadores a determinados efeitos ou surpresas no combate.

BALANCEAMENTO: O EQUILÍBRIO DE CAPACIDADES É A CHAVE PARA UM BOM CONVÍVIO DE JOGO

Adendo: um bom convívio de jogo é quando se existe um certo equilíbrio entre as capacidades dos personagens. O Bom Senso se enquadra como uma alusão sucinta ao equilíbrio, em prol de que evite a maximização de problemas envolvendo a não coesão, incoerência e discordância entre poderes.

Norma: segundo este adendo, define-se que o personagem com atributos físicos muito poderosos, deverá manter poucas skills ativas; enquanto um personagem com muitas skills ativas, deverá ter atributos físicos relativamente menos incríveis.

Concomitante, deve-se haver semancol quanto ao limitador de força de seu personagem, a exemplo, personagens como: Saitama, Sentry, entre outros; possuem o risco de suas ações, interpretando o uso de sua força extrema, se configurarem como Omni. Além disso, personagens com poderes passivos muito extravagantes, podem ser obrigados a não ter nenhuma habilidade ativa.

RESSURREIÇÃO: O ATO DE RETORNAR APÓS SER DEFLAGRADO UM ATO DE ANIQUILAÇÃO

Norma: uma vez que o personagem for destruído e/ou aniquilado, a possibilidade de sua ressurreição dá-se apenas após o intervalo de três dias envolvendo o enredo em cena. Independente das capacidades da figura em questão, seu ressurgimento imediato após a morte por meio da aniquilação completa — isto é, cada partícula a fio — representa uma atitude negativa. Todavia, habilidades de regeneração absoluta ainda são permitidas, considerando a existência de ao menos um átomo presente em campo. Nesse caso, tal como um omnipower, a restauração completa poderá ser usada apenas uma única vez em batalha, e somente na hipótese de ainda restarem partículas do usuário em campo e/ou do jogador não ter gastado seu uso de omni em cena.

* Não é possível apagar permanentemente um personagem do universo Millennium. Após três dias, o personagem em questão pode ressuscitar se for do interesse do jogador usar a regra “forçar role play”, deixando de interagir com os efeitos propostos por um adversário, por exemplo. Isso é totalmente opcional.

FATORES IRRISÓRIOS

Seguindo um padrão lógico e contextualizado de criação, evidenciem os fatos como devem ser no óbvio, tão iguais realizadas, bem como criando e evoluindo exponencialmente seu personagem a um nível ainda mais transcendente. Para tal, abracem os seguintes adendos abaixo:

METAGAMING

Muito embora seja apenas uma simples questão de bom senso, é proibido que qualquer jogador atue com base no seu conhecimento fora do jogo para ter vantagens sobre os demais. Em outras palavras, não há como você saber o nome de um personagem sem antes conhecê-lo, assim como suas fraquezas, habilidades e artefatos, salvo em casos de personagens mundialmente conhecidos por suas ações. Isso, no entanto, não impedem que vocês o investiguem por cenas, a fim de adquirir informações. O descumprimento dessa regra é passível de advertência.

FORÇAR ROLE PLAY

Se uma pessoa não deseja interpretar ou lutar, o seu desejo deve ser respeitado. Tão logo, ataques realizados em safezones serão desconsiderados, mas danos causados em cenas de território comum ainda são válidos. Desrespeitar esta regra, perturbando a paz do jogador no chat ou via publicações constantes de desafio, acarretará uma severa penalidade e se insistido, no banimento de três dias do infrator.

RANDOM DEATH MATCH

Entrar em cenas com o intuito único de assassinar personagens é terminantemente proibido. Com base nessa regra, sem um motivo plausível alocado em sua trajetória, não há por que seu personagem tentar matar outro. Contudo, as exceções variam de caso a caso: vilões ensandecidos, seriais killers, personagens caóticos cujo objetivo em vida é destruir o mundo/humanidade/criaturas sobrenaturais tem aval para cometer esse tipo de ato. Mercenários, caçadores, assassinos de aluguel e seus semelhantes podem fazer isso desde que alguém os tenha contratado, garantindo também informações sobre o alvo.

ESTABILIDADES DE TRAMAS - ADENDOS

Devido o atual cenário da Millenium, onde estão sendo formados "diversas" conjunturas territoriais, políticas e até mesmo de cunhos globais, tornou-se necessário a Gerência salientar, tão como ratificar a Regra de Bom Senso, principalmente acerca do assunto "tramas".

Vale ressaltar que, quaisquer atos, ações, prólogos, desfechos e contextos que envolvam terceiros, nichos externos e até mesmo territórios, precisam de justificativa para ser cumprido tal ato. A justificativa é imposta, individualmente a cada player, unicamente por meio de "desenvolvimento de trama". Caso o player não venha a se imbuir nesta esfera, poderá ser alvo de uma certa sanção que venha determinar "metagaming", "anti-jogo" ou "falta de senso" em sua atitude. Então, quaisquer situações que façam hoje, que envolvam não só a si, precisam, sim, de justificativa para que a liberdade de sua trama não venha impregnar ou brecar a liberdade da trama do outro. Para isto, segue-se:

CONTEXTUALIZAÇÃO DE TRAMA

Na prática, é argumentar sobre as características e motivos de algo acontecer. Em suma, contextualização refere-se a viabilizar entendimento e compreensão sobre um determinado tema ou objetivo. Para que você possa, por exemplo, dominar um território, precisa haver contexto para isso. Qual a lógica que um humano comum simplesmente dominar uma nação, tendo a nação forças armadas, governo próprio e possivelmente "heróis" que queiram intervir? Sem ao menos um contexto prévio de como fazê-lo? [...]

EMBASAMENTO DE TRAMA

Simplesmente a base, o alicerce e a estruturação de suas ações que envolvam consequências coletivas. Como o player vai dominar um território se não tiver uma base? O que é a base? Como exemplo, pode ser vista como um grande exército para fazer com que aquele território possa ser dominado pelo uso da força. Se não ter base para sua ação, simplesmente vai ser algo incompreensível e alvo de questionamentos.

JUSTIFICATIVA DE TRAMA

É a capacidade de você comprovar a certeza e licitude de sua ação. Por exemplo, por que o Governo Mundial vai intervir em uma invasão no território da China, se a China não é aliada ou federada ao Governo Mundial? Não tem por que a aliança mundial interver sem existir uma justificativa para tal. Não existe contato ou diplomacia entre as partes, então não é só "chegar e fazer" porque não gosto de tal fulano ou porque me deu na telha, é ter motivo e o porquê de fazê-lo.

SENSO

Nada mais é que a própria noção e saber da "razoabilidade" pessoal, ou seja, é cada player ter senso de que não é em num dia para o outro que vai montar um Império com influência altamente global, não é de um dia para o outro que vai conquistar uma grande nação como se fosse nada. É ter senso de que a lua é um planetoide, anóxico, estéril, e sua colonização sem uma justificativa óbvia é fora do semancol. [...]

DOMINAÇÃO E DESENVOLVIMENTO POLÍTICO

Este é o ponto mais importante. As hegemonias políticas da Hydra, Governo Mundial e Império Dourado, não são frutos originadas de um dia para o outro, são contexto de "anos", de várias fomentações, várias planificações, estratégias e afins. São governos e nichos que estão estratificando e consolidando seus objetivos, em pelo menos 04 anos, ou seja, há muito desenvolvimento por trás, que envolveram guerras, perdas, ganhos e explorações, bem como muitos players, para conquistarem uma mínima influência política e territorial hoje. Então não é justo que um player que "aparece do nada", prontifique duas ou três cenas dizendo ser o dono do mundo, falando a grosso modo, sem nem ao menos se desenvolver e desenvolver seu nicho. O famoso "chegou e quer sentar na janela" é o meu puxão de orelha neste adendo. Tenham senso em como fazem suas tramas, em geral, para conseguirem consolidar seus nomes até aqui.

Concluindo: a Gerência ficará de olho e irá ponderar o exagero de tramas e cenas fomentadas para evitarmos muito descasos. Já houve players que receberam orientações acerca.

Observação: Nem todas as regras estão presentes no acervo técnico, pois adaptamos, atualizamos e adicionamos novas regras conforme o RPG se desenvolve. Isso não significa que não será cobrado por algo que não está presente no acervo, em questão de regra. Pelo contrário, caso falte com bom senso e a Staff julgue necessário intervir, todo e qualquer jogador deverá acatar as orientações passadas pelo Game Master. Independente de existir ou não uma regra para tal.

ㅤㅤEm resumo, o bom senso é essencial para garantir um jogo equilibrado e justo. Respeite as regras e desfrute de uma experiência envolvente no universo da Millennium Society.

MENSURAÇÃO DE DESGASTE/CANSAÇO NO PVP

No universo Millennium, onde diversas raças com poderes variados coexistem, é fundamental garantir um equilíbrio para que o jogo seja saudável e justo para todos os jogadores. Embora cada raça possua características distintas, é necessário praticar bom senso durante os combates para evitar torná-los monótonos e cansativos. Mesmo os personagens mais poderosos possuem limites e consequências para o uso de seus poderes.

É importante compreender que nenhum personagem pode ser incansável ou possuir um poder ilimitado. Até mesmo os chefes dos eventos possuem limitações. Portanto, durante um PvP, é crucial demonstrar o desgaste dos personagens, tornando o combate mais realista, dinâmico e envolvente tanto para os envolvidos quanto para os espectadores.

Podemos tomar como exemplo a obra "Boku no Hero", na qual cada individualidade/poder possui fraquezas ou limitações. O personagem Endeavor, por exemplo, que possui poderes semelhantes de fogo e sofre com superaquecimento e atrito espontâneo, resultando em desgaste físico. Em "Naruto", personagens como Rock Lee e Gai utilizam os portões, atingindo um nível de força extremo, porém com consequências catastróficas para seus corpos. Esses exemplos devem ser considerados no RPG.

Isso também se aplica aos personagens que utilizam magia. Eles possuem uma reserva de energia (mana) em seus corpos, mas em algum momento essa energia se esgota, sendo necessário repor ou utilizar os poderes com moderação para evitar um desgaste total. Em paralelo, personagens com um potencial de mana infinito, podem ter desgaste em seus corpos devido ao uso excessivo de energia, podendo ter queimaduras, confusão mental, envelhecimento precoce, etc.

Mesmo personagens com poderes de regeneração possuem limites para suportar e continuar se regenerando. Eventualmente, seus corpos entrarão em colapso se a regeneração for excessiva, a menos que encontrem uma fonte externa para auxiliar nesse processo.

Outro exemplo é a velocidade extrema. Personagens que se movem em altas velocidades sem proteção adequada ou resistência suficiente podem sofrer danos parciais ou até mesmo mutilações devido à resistência do meio. É uma questão lógica e física, assim como alguém pulando de uma altura considerável em uma superfície líquida rasa, como uma piscina ou o mar. Se a superfície não for quebrada, haverá consequências anatômicas graves. Portanto, é necessário algo para quebrar essa superfície, como jogar um martelo antes da queda para gerar o impacto e romper a resistência.

Cabe a cada jogador mensurar e conscientizar os limites de seu personagem. Embora não seja uma regra obrigatória, é uma questão de bom senso para garantir um jogo interessante e agradável para todos os envolvidos. Tenha ciência de que todos possuem limites, ninguém é imparável ou incansável, e todo poder tem suas consequências ao ser utilizado. Exercite o bom uso dos poderes e aproveite o jogo de forma equilibrada e empolgante. Do contrário, estes fatores podem pesar severamente em sua avaliação.