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"É obrigatório ter ficha para interpretar na Millennium?"

Há muito tempo, bem dizendo, desde os primórdios desta comunidade, uma regra foi criada por seus famigerados anfitriões, dizendo respeito a necessidade de fichas para a interação com o RPG. Foi estabelecido por meio de um consenso que, para um jogador participar ativamente do grupo, isto é, produzindo cenas de cunho interpretativo e narrativo, não haveria a obrigação do mesmo possuir um arquivo aprovado com os dados do personagem. Todavia, foi determinado em paralelo que, caso o jogador tivesse interesse de participar ativamente do cenário PvP/PvE, haveria nesse caso a necessidade do player possuir uma ficha devidamente aprovada para o personagem em questão.

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Até a data desta publicação, essa era uma regra meramente verbalizada entre os integrantes da comunidade, não havendo nenhuma publicação oficializada em relação a mesma. Contudo, em vista dos mais recentes questionamentos por parte dos membros do grupo, tornou-se indispensável um post falando desse assunto. Ocorre que um jogador pode publicar obras à vontade mesmo sem ter uma ficha técnica aprovada, desde que suas cenas e participações não gerem um impacto alarmante sobre o RPG, ou interfiram prejudicialmente a campanha de outros jogadores. Logo, valendo de todas as palavras escritas até aqui, NÃO é obrigatório possuir uma ficha caso um participante do grupo deseje apenas encenar à vontade, sem envolver-se em duelos, por exemplo.
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Existem entretanto algumas considerações a serem destacadas:

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  • Há eventos onde um jogador pode ter a obrigação de possuir uma ficha aprovada para participar, tais como desafios épicos ou torneios de combate, por exemplo;

  • Dois ou mais jogadores podem entrar em consenso sobre a necessidade de fichas aprovadas para cenas PvP. Todavia, caso os envolvidos concordem em lutar sem ter um fichário aceito, qualquer desavença entre ambos deixa de ser responsabilidade da gerência. Nesses casos, o que prevalece é o espírito esportivo e o bom senso dos participantes;

  • Não existem regras quanto a coerência de cenas, isto é, apenas determinações sobre misturas de fontes distintas em fichas técnicas. Logo, um jogador pode interagir com elementos de diversas fontes, como por exemplo, mitologias egípcias, nórdicas e orientais. Todavia, caso um personagem altamente participativo em cenas aleatórias venha a ter a necessidade de possuir uma ficha aprovada para PvP, o mesmo terá que se adequar aos padrões da comunidade;

  • Chefões de eventos específicos podem não precisar de fichas técnicas aprovadas, visto que são npc's comandados por mestres de desafios épicos. Todavia, estes mesmos eventos devem ser aprovados e supervisionados pela Gerência, não podendo ser realizados livremente pelos jogadores.

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Para aqueles com dúvidas na hora de criar uma ficha acompanhem esse passo-a-passo. São instruções básicas e diretas, numa narrativa veloz. Serve tanto para jogadores novos quanto para os players mais antigos.Primeiro estabeleçam (seja em um papel de anotações, bloco de notas ou mentalmente) a ideia que constituirá seu personagem. Ex:

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1 - “Quero construir um caçador. Acho que seria bacana se ele fosse ligado às forças místicas infernais. Ele será habilidoso com lâminas – desde adagas a punhais encantados.”

2 - “Gostaria de fazer um humano imortal. Em suas veias correrá sangue de um dragão/ou ainda quem sabe sangue divino. Usará armaduras pesadas e espadas de aço de duas mãos, capaz de dividir a carne de um demônio. Apesar disso, será tão rápido quanto um assassino”.

3 - “Na verdade, me vejo como um ninja. Um garoto descendente do extinto Clã Sato-ryu, com a missão de proteger o equilíbrio do mundo. Obviamente, minhas habilidades estarão relacionadas à ninjutsu, ao Yin & Yang e ao plano das Sombras”.

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Nos três exemplos acima temos ideias ótimas, que faltam ser consolidadas numa história interessante e em raças e classes. Tomemos como exemplo a primeira opção. O jogador quer ser um caçador habilidoso com lâminas, ligado a forças infernais, sem necessariamente ser um demônio. Com muita pesquisa e empenho, ele descobre a raça ideal.

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“Bem, já sei. Meu personagem será um Upir – uma criatura exótica, conhecida por ser um humano que nasceu com um quarto de sangue de feiticeiros e demônios. É uma raça peculiar muito parecida com um vampiro, embora sua única similaridade seja a necessidade de sangue. Possui ótimos atributos sobrenaturais, além de um histórico bacana com o inferno”.

Feito isto, resta-lhe achar uma classe. Com um pouco mais de estudo (ou talvez tenha simplesmente pedido uma dica a alguém experiente) ele fica sabendo de uma profissão conhecida como “Mercenário Necromântico”.

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“O Mercenário Necromântico é o caçador responsável por abater anjos em troca de favores demoníacos. Ou seja, ao capturar e/ou matar uma entidade celeste a serviço de um demônio, ele adquirirá pactos – isto é – excelentes poderes sobrenaturais”.

O jogador acaba de conseguir a combinação perfeita; uma mesclagem sucinta de duas fontes distintas. Enquanto a raça é de origem folclórica de uma série de TV, a classe vem diretamente de um livro de RPG de mesa. Graças à raça, seu personagem é naturalmente disposto à realidade sobrenatural, bem como à feitiçaria e ao submundo infernal. Já a classe lhe abre um leque de possibilidades: ele pode aprender sobre necromancia, sobre sigilos e rituais mágicos, sobre relíquias lendárias capazes de matar anjos, sobre o plano espiritual, sobre lâminas e sobre as mais diferentes armas.

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Exemplos de Habilidades:

Imortalidade por pacto, atributos físicos sobrenaturais, habilidade com lâminas e armas de fogo, proteção mental, necessidade de sangue, sentidos sobrenaturais, regeneração aprimorada, hipnose, fogo infernal por pacto, garras e presas, feitiços mágicos, magia negra, rituais necromânticos, detectar anjos, atingir outros planos, impedir cura, destruição espiritual, etc.  

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Por fim, mas não menos importante, a história. É a história que irá justificar sua existência. Como e porque você existe, quando nasceu, como adquiriu uma possível imortalidade, suas motivações, seu caráter, sua personalidade, suas razões neste mundo. Ex:

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McAlister não é herói ou mocinho, mas também não é vilão. Simplesmente nasceu para este serviço: caçar anjos. Acumulou vários pactos ao longo dos anos, o que lhe tornou um cara forte em muitos aspectos, além de ser naturalmente adepto à magia. Como já dito, ele não é vilão. Fazer o que faz lhe dá prazer, mas como poucos sabem, anjos oram ao seu Deus com as mãos sujas de sangue – são galinhas cretinas com um par de asas alvas. Suas motivações são de certo um mistério."

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"Gosta de beber, fumar e ocasionalmente sorver o sangue das mulheres com quem ele fode, embora nunca as mate. Adora colecionar relíquias, entre elas lâminas de hajdar. Dizem, inclusive, que ele está em posse da espada Fogo Sagrado – O aço que certa vez pertenceu a um Arcanjo. No fim das contas, são apenas boatos. Este Upir, por razões que ninguém sabe, prefere viver e trabalhar sozinho, sendo algo bem raro nesse nicho de caçadores”.

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Tendo tudo isso em vista, basta que as suas habilidades tenham ligação com sua raça e classe. Se você foge o conceito, certamente dará motivo para sua ficha ser negada. Então, seja de boa, balanceado, não há necessidade de atolar o personagem com habilidades extraordinariamente poderosas. Isto lhe fará parecer medroso (e ridículo). A construção do personagem exige pesquisa, dedicação, empenho. Uma história bem escrita, um trabalho bem elaborado, feito com esmero e paixão.

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O que a tornará válida são os fatores: respeito às regras do grupo (teto de poder), moderação na presença de poderes overpowers, e consciência na hora de mesclar fontes e universos distintos.



Criação de notas

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Para complementar o entendimento de todos de maneira clara e transparente, a confecção de notas que participarão da listagem em sua ficha precisam seguir as seguintes orientações:
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1. – Notas abrangentes em combate PVP: Toda nota genérica que lhe permitir realizar um leque de funções dentro de determinada cinese/manipulação estará limitada apenas ao que for descrito. Qualquer efeito além dos citados e que configure a criação livre perante a um combate será considerado Anti-jogo. Exemplo: “Umbracinese – Habilidade capaz de criar sombras, manipular, mergulhar/transitar, utilizar de arsenal/dimensão de bolso, materializar e criar construtos tão fortes quanto aço.” Se for do meu desejo proferir uma maldição baseada na manipulação das sombras, eu precisarei de uma ramificação (uma nova nota) que descreva como eu consigo realizar isso e seus efeitos. Caso o contrário sofrerei invalidação perante uma avaliação de cena;
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2. – Notas abrangentes em tramas: Tratando-se de cenas que estejam relacionadas a uma trama combinada ou em combates pré-definidos por ambas as partes. Notas que possuem descrições abrangentes são permitidas, pois estamos falando sobre desenvolvimento de uma determinada história dentro do RP;
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3. - Baseando-se na evolução de personagem ao decorrer de suas atividades no Universo Millennium, torna-se incoerente e inaceitável a edição/atualização de ficha sem a criação de no mínimo 3 cenas que retratem o desenvolvimento do personagem, adquirindo as alterações/adições em nota almejadas para que não esbarre em contradição;

 

 

 

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